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Mona – Filme premiado no 2º Festival e Mostra de Audiovisual do NUPEPA/ImaRgens

O filme “Mona” recebeu premiações em seis categorias:



-Melhor Roteiro e Narrativa

-Melhor Técnica de Filmagem

-Melhor Edição e Finalização

-Contribuição para o Debate nas Humanidades

-Contribuição para o Debate Sociológico

-Melhor Filme (Documentário)


Os prêmios foram concedidos pelo Júri Especial (clique aqui para conhecer) que avaliou os quatorze filmes selecionados para a mostra e festival neste ano de 2019.


Sinopse do filme:

O Canto das Monas é território dominado na faca: foram anos de luta para que um grupo de transexuais conseguisse conquistar seu lugar em um canteiro abandonado, no centro financeiro de São Paulo. Mas é com voz mansa e a serenidade de quem medita de olhos abertos que Ágatha lidera as outras “monas” (como costumam se chamar). Negra, transexual e usuária de crack, ela passa os dias em sua barraca, em torno da qual orbitam relações de disputa e companheirismo. É nessa dinâmica de organização em meio à marginalidade que opera o filme. Ágatha tem o corpo marcado pela rua. Uma bengala compõe sua imagem de matriarca da família, mas o perfume e o esmalte em dia reforçam uma vaidade apurada. Ela já trabalhou como estátua viva e conta como foi parar no presídio do Carandiru, depois de um latrocínio. Fernanda canta para a vida, mimetizando os aplausos de uma plateia imaginária. É sua maneira de se relacionar com o mundo. Ela pula entre paixões, sempre mais intensas que a anterior, enquanto perfoma uma sensualidade forjada. Renata tem um olho de vidro e é o braço direito de Ágatha. Ela enfrenta a câmera certeira e conta como veio de Fortaleza para São Paulo, recomendada para uma cafetina famosa. Nos seus 47 anos, o chão frio de uma cela de cadeia e o teto improvisado de lona, na rua, se alternaram na função de lar. São bichas gostosas, safadas, desejadas pelos homens. São ligeiras, impõem respeito. Mas deixam escapar medo, rejeição, feiura, velhice, desejo de matar e de morrer. O curta-metragem aborda uma existência única, onde o sexo não é apenas meio de sobrevivência (ainda que a prostituição seja rotina). É também instrumento de poder, forma de realização, em um contexto de precariedade. A droga aparece como remanso e fissura; a sexualidade é motivo de exclusão, mas é também arma de ataque. Elas se divertem tomando banho no cemitério e ouvindo o rádio no último volume. O documentário acompanha a protagonista Ágatha, figura central ao redor da qual orbitam as histórias de suas companheiras. Ela e Renata contam como derramaram sangue e suor para conquistar o Canto das Monas. Mas uma separação inesperada colocará em risco a permanência naquele território. A partir da relação entre realizadores e personagens, Mona coloca em cena o jogo de autorrepresentação das protagonistas. A câmera, sempre próxima, contracena com as personagens-intérpretes, enquanto o som as contextualiza na metrópole. Elas se exibem, performam, querem contar suas histórias, produzem sua imagem e são sujeitos da própria narrativa.




O filme circula neste ano em diversos festivais e mostras, quando estiver disponível será um prazer publicar o conteúdo também no portal do NUPEPA/ImaRgens.


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